terça-feira, 11 de novembro de 2008

Volta

E foi como a primeira vez. O lábios ansiosos, a expectativa, o querer falar, o só poder ouvir... Você me disse que ia, e era chegado nosso tempo, claro! Eu não quis acreditar, nem por um minuto. Você não cedeu, eu não pedi e não consegui sustenta seu olhar. Você ia, a certeza me consumia e ainda assim, faltou coragem, sobrou orgulho. Te pedir pra ficar era demais, mais do que eu queria suportar. Eu não sei pedir coisas a você, lembra? Ou você oferece, ou eu fico sem! E eu ia ficar sem seu olhar, sem sua boca, sem seu cheiro, sem seus braços, sem motivos pra continuar. Você foi pra casa, eu fiquei atordoada, sem saber onde estava ou como isso ia acabar. Dias depois você me chama, com a mesma voz de quem ama, faz que está tudo bem. Continuo com as mesmas perguntas, mas você nem tem suas respostas. Decido que foi um sonho ruim, um pesadelo sem fim, finjo que não era pra mim. Te recebo mais uma vez, nem um senão ou talvez. Ser feliz custa quase nada, meia dúzia de lágrimas guardadas, um ou dois dias de confusão, uma boa dose de perdão e a minha doce ilusão, de que você vai estar aqui pra sempre.



sem fim

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