sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Gente...

Não vou fazer nenhum tipo de reflexão, pois não sou dada a tais frescuras. Gosto ou desgosto das coisas pelo olhar, simples assim. Hoje eu estava pensando em como eu detesto certo tipo de pessoas, mas há tipos que realmente me tiram do sério...

3 tipos de gente em que eu não confio:

1 - Gente que cede a qualquer tipo de chantagem, fracos por excelência.
2 - Gente com aperto de mão frouxo.
3 - Gente que nunca consegue olhar nos meus olhos.


3 tipos de gente que eu não gosto:

1 - Aduladores.
2 - Pseudo-intelectuais.
3 - Toda sorte de chatos.

3 tipos de gente que eu amo:

Flávia, Juliano e ELE.



Claro, eu odeio médicos, professores(os meus!), taxistas, caminhoneiros, motoristas de ônibus... Mas isso é só um detalhe.




Sally, dias felizes.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

...

Estou perdidamente apaixonada. Creio que só lendo, para realizar. Completamente apaixonada, amando, essas coisas.... Claro que eu sei disso há anos, e claro que eu pensei que o sentimento iria se tornar morno, com o tempo, até virar uma lembrança boa. Não é assim que funciona. Estou mais perdida do que nunca, amando mais, sentindo mais saudades...
Claro, é uma confissão de culpa. Pelo menos me parece, quando olho assim, como se não fosse eu a escrever. Assumo toda culpa por não poder dar ao resto do mundo parte desse sentimento enorme que já tem dono, com nome, sobrenome e um sorriso de iluminar o mundo, e as piores piadas da face da terra. Eu o amo e sei que "viver com medo é viver pela metade", por isso não temo a intensidade de tudo isso, só sei que não é o que eu esperava. Não é o que nós esperávamos.
Eu o amo, e amá-lo é não esperar amor em troca, é não querer contra-partida, é deixar que a vida siga, pra nós dois. Eu o amo e ele sabe disso, e saber que ele tem essa clareza não me assusta, ser honesta, com ele, é estar bem, comigo.


EU O AMO, você entendeu???




Sally, mais (in)sensibilidade.

domingo, 26 de agosto de 2007

Velocidade me excita. Vento, estrada, mato, poeira e, no fim, os animais mais perfeitos sobre a terra. Senti saudades deles, mas há dois dias viraram presença constante. Precisava vê-los, sentí-los, montá-los e mais uma vez experimentar a brisa no rosto e o cheiro de mato. Acho que o encontro nunca é completo na cidade, tem que ser assim, sol, fazenda, tempo bom, animais doces, mas nem por isso mansos. Tem que ser assim, como me lembro da primeira vez.
Agora, que decidi vir, quero tudo: primeiro a máquina, testando os limites no asfalto, depois os bichos, sem limite de tempo, sem contar os minutos. Só sentir. E foi só chegar pra reconhecer que era o mundo onde eu precisava estar, acariciá-los e perceber que eles não me esquecem...



"- Adoro te ver aqui. Nem sinto medo de ser o carona, sei que nada nesse mundo vai te parar antes que você chegue a este bendito portão. - ele diz.
- Confesso que eu não sabia que causava medo na direção, mas é bom saber que as pessoas confiam em mim quando acham que eu tenho um objetivo!
Ele ri, divertido com a minha indignação, avisa pelo telefone que estamos chegando e continua a me observar.
- O que foi?
- Saudades.
- Você pode vir sozinha. Sabe disso... - ele parece pedir que se diga que sua presença é importante.
- Gosto de companhia. Da sua companhia. Sem contar que, mesmo depois de dois anos, eu nunca chegaria aqui sozinha. Você sabe que eu me perderia, sou uma piada por essas estradas... - antes de terminar de falar vejo que não devia ter completado a sentença.
Paramos em frente à casa. Me sinto em casa, como em nenhum outro lugar. As pessoas aqui têm o dom de me fazer sentir querida, acolhida, desde o dono, que anda quieto ao meu lado, até a cozinheira, que sempre nos recebe com um sorriso.
- O tempo está ótimo... - odeio silêncios muito significativos.
- É cedo ainda, deve ter café...
- Precisamos mesmo?
- Só precisamos do que você quiser fazer... - o olhar meio perdido é desviado em direção ao telefone. Como por todo o resto desse dia, a ligação é pra mim. O caos reina no mundo de onde viemos, mas vamos ter tempo pra isso mais tarde. Agora eles nos esperam, talvez tão ansiosos quanto eu. Estou meio fora de forma, quando amanhã chegar vou estar dolorida e meio mau humorada por conta das minhas costas, vou mal dizer meus descuidos e todo esse peso extra, mas, só por hoje, vou aproveitar."



Ao voltar pra casa, a companhia é o MP3 player. A voz de Elton John ecoa pelos alto-falantes do carro, as janelas fechadas dão a sensação de realmente estarmos sós no mundo, cada um alheio aos seus próprios pensamentos, sem perceber a presença querida no banco ao lado. Ele guia, sabe que estou física e psicológicamente cansada. Os problemas foram até nós, apesar da distância que eu quis impôr para o resto do planeta, hoje. Ainda estou pensando em resolver cada um deles, e o moço não me interrompe. Parece perdido em suas próprias questões, também. Eu gostaria de não saber quais são elas...





Sally, sobre toda a minha (in)sensibilidade.

sábado, 25 de agosto de 2007

Luto...

Eu sou uma pessoa estranha, muito mesmo. Me envolvo com coisas que os outros consideram grandes besteiras, mas eu me envolvo. Na verdade a opinião dos outros nunca foi importante, eu sempre tive uma atitude meio distante, mas tenho de admitir que isso deve ser algum tipo de 'defesa', pra eu não me envolver de verdade nas questões reais mais duras, pra não ter que absorvê-las. Minhas grandes tristezas acabam passando pelos sofrimentos dos heróis que elejo, e deixo de fora tudo o que possa parecer muito palpável. Já senti algumas dores bem profundas, e resisto se me confronto com algo que possa me fazer sentir assim. Na verdade me escondo do que quer que possa me atingir, prefiro sofrer pelas linhas de outra pessoa, pelos traços de algum artista, por alguém que não sou eu.
Indo ao que realmente interessa: Fred Weasley está morto. Olho Tonto, Remo Lupin e Ninfadora Tonks, também. Li o último Harry Potter com uma ânsia absurda, com angustia, compulsivamente. Sofri quase fisicamente quando o trabalho e o cansaço me obrigaram a parar a leitura. Quase comi a Edição Para Adultos da Bloomsburry e agora acabou. Não sei se considero a morte do Fred foi tão estúpida, mas me deu a mesma sensação de vazio de quando o Cedric foi morto, me chocou... Eu queria ter sabido sob que circunstância Tonks e Lupin morrem e admito que passei a considerar Severo Snape um dos maiores personagens, sem que muito tivesse aparecido nesse último volume. Os tempos difíceis realmente vieram, e eu passei os últimos capítulos do livro chorando, pelas perdas do mundo mágico. E ficou uma sensação esquisita, que muita gente deve ter sentido: "e agora...?".






Sally, órfã.

domingo, 19 de agosto de 2007

Ela nunca o deixaria ir, se fosse apenas para lhe dar proteção. Sabe como é importante seu toque, sua voz, mas sabe o quanto pesaria uma decisão assim. Ela quer ser forte, quer ser independente e quer ser feliz, tudo ao mesmo tempo. Mal sabe que o tempo não dá pra isso tudo. Ela não o deixou ir, e passou o resto daquele dia abraçada ao próprio travesseiro, agarrada à lembrança dele, sabendo da distância, das diferenças e do tanto de amor que não lhe cabe mais no peito.





Sally, de decisões necessárias.

sábado, 18 de agosto de 2007

Suas costas. Cada curva, cada sinal na pele, o cheiro, o gosto, o aconchego ao me deitar nelas e esquecer, ali, que existe mundo fora do Nosso Mundo. Suas costas, que parecem carregar todo o peso do planeta, parecem conter cada pedaço do Paraíso, parecem feitas sob medida pra mim.




Sally, série fetiches.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Você é a perfeição. Nada de expectativas quanto a isso. Só é, é só. Você consegue me fazer sorrir, me emocionar, gargalhar bem alto, ficar sem jeito, tudo num espaço de 15 segundos. Você faz qualquer dia ser um domingo, calmo, quente, com música de domingo, comida de domingo e espírito de domingo. Você faz qualquer dia deixar de ser um dia qualquer e virar um acontecimento. Você, assim, com essas piadas toscas, com esse sorriso largo, com essas mãos fortes de me fazer segura, com esses olhos que me fazem perder o rumo, com essa vida que me faz querer viver!




Sally

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ela é uma menina. Grande, forte, com um sorriso de iluminar o mundo, mas só uma menina. Vestida de sol, radiante, frágil, ela é tudo, e só uma menina. Sensual e digna, altiva, bela e, invariavelmente, com aqueles olhos de moça ingênua, que se machuca com pétala de flor.
Ela é uma menina, poderia mesmo ser eu, dadas as semelhanças, mas se chama Janaína. E ainda vai tomar de assalto esse mundo que foi feito pra nós, as pessoas que desprezam a mediocridade reinante. Boa sorte.





Sally

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Ao defunto, com carinho.

Decepção. Não consigo sair da mesma palavra. Olho no dicionário. Está lá. [Do latim deceptione]. Desilusão, desengano, desapontamento. O Aurélio não mente. Definições não têm fim. Olho o verbo. Me conjugo. Quero dizer verdades que não me saem da garganta. Engasgo. Assino a sentença: confiar pode machucar e acabar com sonhos bonitos.

Porque agora eu sei: quando se trata de confiança, o que confia é sempre o culpado. Esse é meu crime: eu confiei. Recebo, com merecimento, o castigo prometido: uma caixa bonita com uma grande decepção dentro. Me rendo. Me agarro ao último traço de delicadeza que tenho. Me condeno. Sentir é minha prisão. (Será também minha salvação?). Penso: seria eu uma pessoa melhor se não sentisse tanto, se não importasse tanto, se não acreditasse? Não sei. Mas te peço: não sinta pena de mim. Sei ser dramática quando me sinto traída. Ainda mais quando me lembro do óbvio: fui eu quem me traí. Por confiar em você. Não é esta a verdade? Minhas escolhas me fazem. Assim como nossos erros nos tornam quem somos. Vamos pensar positivo: por trás de grandes mulheres, existem sempre grandes erros. E você foi um grande erro. MY BIG MYSTAKE. Confiar em você foi minha escolha, não foi?

Assumo a culpa. Engulo minha decepção. Revejo minha percepção. Mas é chegada a hora de pagar a fiança. Peço a você - com todo respeito - que cale sua boca. Não preciso me lembrar a todo instante o quanto sou ótima em fazer escolhas ruins.

Mas vou melhorar. Vocês vão ver. Aprendi a ser muito boa quando fico má.





Boa noite.


A moça ao meu lado está obviamente ansiosa. Responde mensagens de texto no celular da mesma forma que eu respondo às suas, absorta no que faz, mas com um prazer que sua expressão não pode esconder. Sorri para o pequeno aparelho como se ele entendesse tudo o que lhe passa pela cabeça. Inadvertidamente ela me olha nos olhos, e eu entendo. Amor é assim, vem de dentro pra fora, e agora estou cismada: será que todo o resto do mundo também pode me ler assim, tão fácil...?




"Depois de me observar e ser observada por algum tempo ela resolve me cumprimentar:


- Boa noite... - diz meio sem jeito.
- Boa noite... Desculpe, mas eu sou marciana, meio de longe desse planeta. O amor me toca de forma mais intensa que às pessoas normais... Eu acho... - eu realmente não me sinto normal. É a primeira vez na vida que me pego achando que posso amar uma segunda-feira.
- Percebi que você sabia pelo sorriso...
- É, acho qe reconheço isso, onde quer que seja.
- Espero que não me ache muito boba.
- Se a conhecesse, acharia que você está feliz. Ficar boba, caminhar em nuvens, sorrir pra um cachorrinho na rua, isso vem no pacote... - sei bem como é o sentimento, estou boba e ainda achando que este é o melhor dia da minha vida.
- Acho que você tem razão. - ela fala, meio que em tom de despedida.
- Tenho, sim. Descobri que posso ser feliz numa segunda-feira, só por ter olhado para os olhos mais doces que se pode encontrar.
- Você também está boba. Tenho que ir. Que essa felicidade te acompanhe, boa noite. - ela se foi, sem que eu pudesse responder, e eu fiquei com minhas revistas, e o chocolate quente e a sensação de que ser feliz é fácil demais.


A felicidade me acompanhou, claro. Estou aqui lembrando como a felicidade pode ser simples, como ela pode se manifestar num sorriso, num pão australiano, numa caneca de Coca Cola e na voz do Fish, cantando pra nós."





Sally

domingo, 12 de agosto de 2007

Felicidade é saber que fraldas, mamadeiras e cabelinhos rebeldes são mais ou tão românticos quanto sua voz ao meu ouvido, dizendo que não sabe mais viver sem mim... Não quero mais saber viver sem você.



Sally

sábado, 11 de agosto de 2007

Saudade é aquela coisa que a gente sente quando tudo que nos é mais caro bate a porta do carro e toma o rumo de casa. Se despede com um sorriso - boa noite e boa sorte - e nos deixa sonhando, mesmo antes de dormir.


Sally