terça-feira, 30 de outubro de 2007

Do you feel the same?

Amanheceu estranho... O dia já se anunciava caótico enquanto abria os olhos. E ia ser pior. Depois de um fim de semana em busca da casa perfeita, dos 'matadores' num paintball nos confins de Campo Grande, da orgia de pizza que só colaborou com o aumento das minhas formas, já notoriamente redondas, do tombo na piscina e do fim de noite engraçado em que a gente lembrou o quanto era feliz lá no início da vida como conhecemos, só esse calor! O calor que não passava nem sob a água que saia do chuveiro, calor que impede que se use perfume, já que acabo sentindo náuseas, o calor que me fez querer morar na Patagônia! E, como não tinha jeito, eu não costumo rezar pra São Pedro e nem podia passar o dia na piscina, lá fui eu.
Me senti num filme do Tom Hanks: achei que a casa que fui visitar ia cair assim que eu batesse a porta! Meu humor não se abala de graça, mas estava um sol, um calor... Dia daqueles em que a gente esquece de bendizer o fato de ser carioca! Sublimei o assunto da casa assim que entrei no shopping. Almoço, gargalhadas, comprinhas e uma joelheira - o tombo na piscina terminou de acabar com meu joelhinho bichado. Táxi, Centro do Rio, mais calor, muito pior do que qualquer coisa que eu pudesse prever. Meu 'chefe' me deu mais um bolo - alguém não está com muita vontade de trabalhar - e meu humor aparentemente tinha terminado de vez. O telefone tocou e eu quis que fosse alguém que eu detesto, só pra poder mandar pro inferno, assim, por esporte, mas era ELE! Tenho idéia de que devo ter ficado com cara de idiota, provavelmente esqueci todas as outras coisas que tinha planejado fazer no dia e voltei pra o mesmo lugar de onde tinha saído a tão pouco tempo. Confesso que o shopping estava mais colorido, mais geladinho, mais agradável do que na hora do almoço. Confesso também que eu assiti a um filme que eu nunca veria com outra pessoa, e que adorei! Confesso que fiquei com vontade de que o mundo acabasse naquele instante. Aprendo demais com esses momentos, com as chances que a vida me dá para ser imensamente feliz. Quanto ao mau humor, acho que nem cheguei a sentir, de verdade...







Sally.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O descobrimento da América, ou tudo que já sei sobre o amor...

Claro que alguma responsabilidade nisso deve ser atribuida ao Ben Harper, ao Gaiman, ao André Vianco, possivelmente Nando Reis e Clint Eastwood também tem sua parcela de culpa. O Acaso, o Destino, a Vontade Divina, Zeus, Gaia ou quem quer que você chame de Autoridade Superior estava brincando de "The Sims - O Mundo do Amor Impossível" e James Morrison resolveu que devia ser cantor nesse momento, no dia em que cruzei seu caminho.
Engraçado como hoje já posso brincar com essa idéia, mas a verdade é que o amor não assusta, ele aterroriza! Põe seu mundo de cabeça pra baixo, te faz encarar os altos mais vertiginosos e os baixos mais dolorosos de toda sua vida - ainda bem que VOCÊ é o topo do meu Everest! - e você acaba gostando disso!!! O amor faz com que você conheça o verdadeiro sentido da palavra SAUDADE, mas nunca te permite estar sozinho, os pensamentos estão sempre em um turbilhão, a rotina só é se ELE está, e ELE está todo tempo no seu sorriso, na sua agenda, nas fotos do último feriado, no telefone que interrompe o ciclo infinito do trabalho, na roupa nova que só saiu da loja pra ficar bem num encontro com ELE, no espelho que reflete o seu rosto que desde o momento em que tocou no DELE, nunca mais foi seu.
E não é só sua imagem no espelho que você perde, o DVD que assistiria sossegado em casa perde o encanto diante da vontade de ir ao cinema de mãos dadas, a mania de comer um sanduíche na correria de todo dia é substituída por almoços intermináveis em que o prato servido é o menos importante e o prazer de ter aquela cama enorme some, se não for pra ficar enrolado em algo mais que seu edredon. Perde-se também horas de sono, mau humor, solidão, peso, perde-se o hábito de ter só água na geladeira, ganha-se vida, de uma qualidade que nem podíamos imaginar!
O amor me assustou, quando te conheci. Hoje é meu esconderijo, quando o resto do mundo não me agrada, é meu alimento quando tudo mais parece não dar certo. Hoje é só amor.





E isso tudo por um só motivo:


"Se eu passar mais um tempo sem vc eu fico louco!"












Sally, ele é perfeito. Pra mim.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Meu coração é meu guia.

Meu instrumento é a palavra.

E minha inspiração é você.


Era uma vez uma moça comum. Temperamental. Sentimental. Pisciana. Uma girafa de sandálias Havaianas (E Vermelhas). Uma louca quase normal. Uma contradição. Ela gostava de música pop, sorvete napolitano e frases perdidas em post-its. Ela era doce. (Mas tambem sabia ser ácida). Fazia caras e bocas e uma mania estranha de escrever em tudo o que é canto. Ela acreditava em amor de verdade, gostava de ler e estava cansada. Cansada de amar errado. Cansada de dar sem receber. Cansada de dar satisfação. Cansada de acreditar nas pessoas e de chorar debaixo de seus óculos. Um belo dia, a moça comum conheceu um moço tatuado. (Meu Deus, que e não é que o tamanho encaixava?!). Ele gostava de MPB, venerava o Flamengo e era amante da preguiça. Mesmo assim, ele era encantado. E tinha um cheiro maravilhoso que morava num lugar exato: entre o pescoço e o primeiro ossinho do ombro. Dizem por aí que eles não combinam em quase NADA. Mas tenho que discordar: o pouco em que combinam é TUDO. Hoje, depois de tudo, eles amam igual. Eles sentem igual. Eles não têm medo!! Eles são o que são um com o outro e se gostam assim. Trocam desejos. Emprestam o coração. E se dão. Todo dia. O tempo todo. O amor deles não tem tamanho. É maior que tudo. É tamanho único. Único para eles que - ao recomeçarem - pensaram: taí o amor que eu quero pra mim.

(Esse texto é dedicado ao André. Que hoje, me faz acreditar, todo dia, que amor não é só uma palavra bonita. Amor de verdade existe. E faz a gente ser feliz, apesar de tudo. E sempre.)
Ela lembra dele e sorri. Pensa em suas palavras, em tudo o que elas significam e sonha. A felicidade cabe em poucas linhas, dentro de uma caixa mágica...





Sally.

domingo, 21 de outubro de 2007

Love in the afternoon...

Acordou, mal abriu os olhos e já pensou em correr. 'Não vai dar tempo!' era tudo o que se passava pela sua cabeça. O trabalho, a prova na faculdade, o almoço marcado há dias, a reunião que surgira já tarde, no dia anterior. Olhou para o lado e viu aquela criaturinha linda e indefesa, sorriu e tentou acordá-lo com um beijo. Nada, nada nesse mundo valeria o esforço, não fosse aquele sorriso sonolento no início de tudo. Contemplá-lo valia qualquer pena, mas ainda precisava correr.
O café da manhã numa loja de conveniência, pra aproveitar o tempo enquanto o tanque do carro era abastecido, o jornal lido entre um sinal de trânsito e outro, o bom dia pelo celular, dado pela menina que mora longe, mas que guarda sua voz, seus traços e seu amor, pra lembrar como são parecidas e como o espaço não nos separa dos nossos. A dificuldade pra estacionar no Centro, a falta de paciência com a imperícia alheia, a vontade de resolver tudo por todos e a resignação de quem compreende seu papel no mundo. Vida que segue.
Os diversos telefones sobre a mesa indicam quem pede um tempo pra chamar de seu. A mãe que quer repetir, como um mantra, tudo o que já disse no dia anterior, o amigo insistindo no boliche no fim da tarde, duas reuniões que exigem sua presença, felicitações pelo trabalho bem feito e o bem-me-quer, que ligou e deixou recado de voz, que fez com que ela parasse pra ouvir sua voz e se perdesse no monte se sentimentos sem sentido, na vontade de se materializar ao seu lado e de sentir o cheiro que a faz sentir em casa, o toque que lhe remete ao Paraíso, e ver o rosto que a aproxima de Deus. A compreensão de que o tempo é o que queremos e que o espaço é só uma barreira que se pode transpôr a encoraja, ela retorna a chamada e os dois combinam se encontrar no cinema. Um fim perfeito na rotina do dia, anseios satisfeitos, amor em doses generosas...




Sally.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

PARABÉNS!!!!

Meu amor nasceu neste dia. Minha luz, meu sorriso, razão de seguir em frente. Melhor companhia pro cinema, pro J&L, pra acabar com o tédio a qualquer hora.



Te amo!





Sally.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

É o que importa...

Essa vida é pequena demais, faltam tempos e espaços, falta vida pra se viver. Somos um instante no meio do que é infinito, mas aprendemos que só esse instante basta... Luz, voz, um mundo de sentimentos transbordando pelos olhos, inundando o corpo e provocando todas aquelas reações esperadas, por que passamos esse momento de ser humano a procura dessas sensações. Entendemos, no momento em que o amor chega, que esse instante vale a pena, que essa pouca coisa que chamamos vida, no meio do restante do universo, é o mais importante acontecimento de todos.






Sally. Tudo, tudo me traz você...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Hoje não quero palavras. Quero seu gosto. Seus olhos pesquisando meu decote. Hoje não quero verbo. Quero seu corpo. Suas mãos desfazendo pensamentos. Hoje não quero poesia. Quero você. Vá além do desejo e me descubra.

Para os dias em que SER sorvete é uma maravilha divina, uma luxúria insana, apenas um pedido:

Mais calda de chocolate, por favor!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

É com ENORME surpresa que, ao chegar neste cantinho para escrever, percebo que minha há muito desaparecida e intensamente querida companheira de teorias esquisitas havia escrito algo! E, como sempre, foi algo que me fez pensar, e rir pra cacete! Logo hoje que meu humor ainda não tinha acordado, que eu tava mais meio parecida com ela que nunca: uma reclamona inveterada! Amo essa garota, e não há nada como saber dela pra me fazer rir de verdade. Claro, ela me faz pensar na vida, rever certas atitudes e até chorar de vez em quando, mas quando se trata de fazer rir, ela nem entra na disputa, que é pros outros já não sairem perdendo!



PS: Resolvi a vida, bonita! Como você mesma diz: só se vive uma vez!





Sally, o de sempre.

domingo, 7 de outubro de 2007

Spice Up Your Life

Que as mulheres são inteligentes, ninguém duvida. Existem grandes exceções, é claro. Mas - acredite se quiser- grande parte já foi absolvida por Deus. (Ou pelo Diabo). Afinal, nós temos hormônios. Trabalho. Jornada dupla. Salão às seis. Uma pia enorme de louça suja. Família. Amigos. Depilação na hora do almoço. Um cartão de crédito que nos prega sustos. Uma sociedade que valoriza a juventude e a perfeição. Amores por quem matamos e morremos. Um cabelo que nos consome grande parte do tempo. E - no meu caso - uma necessidade de escrever que me come por dentro. Se eu não estiver escrevendo e lendo (no meu gerúndio literário sem fim) pode apostar: estarei nervosa. Louca. Com a pele opaca. E um mau humor dos infernos. O bom de tudo é que a gente pode ficar sem uma unha sexy e usar o tempo que sobrou para ler. Pra começar, eu acredito em tudo. Vou falar a verdade. Eu acredito mesmo. Acredito em propaganda. Acredito em homem. Acredito em vidente. Taróloga. Em vendedor de amendoim. Acredito em simpatia. E acredito realmente que o creme Spilol da Natura deixa minha pele 78% mais saudável. EU ACREDITO. E ponto. Quer mais um exemplo? Comprei um shampoo polivitamínico para fortalecer meus cabelos. Uma espécie de Centrum capilar. Mesmo sabendo que cabelo (depois que passa da raiz) é morto e não absorve vitaminas. Mas quem quer saber de biologia? Eu não! Eu só quero ficar com o cabelo igual ao da moça da revista, dá licença? É meio maluquice. Eu sei. Sou inteligente, nunca perdi média na escola e acho que nós, mulheres, realmente pensamos de modo DIFERENTE quando se trata de amores, beleza, compras e FUTURO. Ai, futuro então, nem se fala. Eu sou daquelas que abrem livros para encontrar "sinais". Digo que não acredito em horóscopo (mas leio, por via das dúvidas). Pergunto o signo das pessoas. E - quando o bicho pega - eu apelo pro além. Pro oculto. Pra São Judas. Pra Cabala. Pros livros de auto-ajuda. Pro tal "Secrets". E outro dia eu estava assim. Sem dinheiro. Sem perspectiva. Cansada de fazer, fazer e não ver retorno. E lá fui eu... Numa moça que trabalha com energia, numerologia e calendário maia. Ela é realmente muito boa no que faz (eu acredito!) e no final da consulta ela me recomendou: faça um escalda-pés com pimenta dedo-de-moça para melhorar sua vida profissional! Pensei com os meus botões: mole pra mim! Para uma pessoa que já tomou banho de feijão fradinho e ficou cheirando acarajé, colocar os pés numa bacia com pimenta é a coisa mais tranqüila do mundo. Pois bem. A hora era essa! Queria esquentar minha vida no trabalho. Apimentar minhas finanças. Mas surgiu a dúvida: quantas pimentas eu precisaria para fazer o tal ritual? Eu não lembrava. Mas sempre achei 7 um número mágico. E resolvi: cortei 7 pimentas dedo-de-moça, coloquei numa panela e esperei. Pimentas alegres pulavam na água que começava a ferver. Fiz uma espécie de meditação, agradeci por tudo o que tenho e pedi o que eu preciso (na vida, eu sou cara-de-pau mesmo. Eu peço e dou trabalho).
Passado alguns minutos, vi que chegara o momento: COM ESSAS PIMENTAS, NADA VAI ME DETER. Ri sozinha da minha loucura mansa e joguei a poção do sucesso numa bacia antiga. Coloquei timidamente meus pezinhos dentro dela e senti: humm, uma sensação de calor. De sucesso. De vitória. De 50 músicas gravadas. De Livro lançado. Colunas em revista. Conta-corrente recheada. Viagem com meu amor. Um tour pelo shopping. Presentes para minha família. Tranqüilidade financeira. Reconhecimento profissional. (Ai, como eu amo essas pimentas flamejantes!)
Depois de meia-hora de surto, O SUSTO: os meus pés estavam diferentes. Vermelhos. Vermelhos, não. MUITO VERMELHOS. Pés-escarlate. Imaginou? Eu me sentia o próprio pé de dedo-de-moça!! E ardia. Ai, como ardia! Fui depressa lavar. Fiquei em dúvida se poderia passar sabonete, afinal eu não iria correr o risco de atrapalhar meu escalda-pés do sucesso. Mas passei um sabonete NEUTRO bem de levinho, enxaguei e fui deitar. Mas meus pés estavam em chamas. BURNING. Eu não conseguia dormir, nem pensar (só sentir), e fiquei imaginando se uma inofensiva pimentinha poderia provocar queimaduras iguais as do sol. Foi aí que tive uma brilhante idéia: passar pomada para queimaduras, ORA BOLAS! E fiz isso. Bingo! O tal Paracetamol tirou o fervor que estava em mim. Anestesiou. Acalmou os ânimos dos pés ardidos e serelepes. E, assim, dormi. Satisfeita. Quando acordei, liguei, animada, para a minha amiga. E disse: "Mari, minha vida profissional vai mudar. Se prepara! Palavra de mulher."

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ela tentou encontrar palavras bonitas, tentou escrever um texto do jeito que ele merecia. Ela queria demonstrar tudo o que sentia com aquelas palavras, pra que ele soubesse o que significava em sua vida. Ela procurou em seu coração uma forma, mas tudo o que conseguiu escrever foi "EU TE AMO".







Sally, in love...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A noite caiu, fria, e ele me fez pensar numa frase que não me saiu mais da cabeça:


'DEIXA SANGRAR QUE UM DIA A FERIDA FECHA, OU O SANGUE ACABA...'.







Sally, pra sempre.