sábado, 22 de dezembro de 2007

polaroids

Ele me observa com aqueles olhos de mudar o mundo, veste o seu sorriso mais desconcertante e declara saudades. Faz meu peito acelerar e se enche de um orgulho incontido. Ele sabe que me faz feliz, que esse afeto grande, puro e honesto faz mais por mim que qualquer tentativa de falar de um amor de fantasia. Sabe que pensamos que a cumplicidade desbotaria com o tempo e tem o mesmo prazer que eu por descobrir que somos mais amigos que antes, que nunca vamos desbotar. Ele me observa confiante, cônscio de que vamos seguir, enquanto durar tanto amor. Ele parece feliz e é justamente esse instantâneo que vou levar da vida, quando me for. Essa certeza plena de felicidade, embrulhada em fita de presente, o rosto dele contente, seu porte altivo e o recado, passado em segredo por aquelas mãos firmes, de que vai estar sempre estar ali para me segurar em seus braços e dizer que está tudo bem.






Sally, (de)mais amor.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Portraits

Passei a vida sonhando com aquele amor certinho, bonitinho, morninho, que bate cedinho à nossa porta e fica pra sempre no coração, que trás um casamento perfeito, filhos perfeitos, e uma vida que minhas amigas invejariam, embora cada uma tenha seu par perfeito, seu casamento de conto de fadas – ou do vigário – com uma churrasqueira no quintal, crianças de comercial de margarina e uma TV ligada no futebol, sábado à tarde. Quis Deus que eu passasse muito tempo esperando e, graças a Ele, esse amor não veio. Não desperdicei meus melhores dias com diminutivos, com um punhado de afeto pré-fabricado, com satisfações à sociedade e frustrações debaixo do travesseiro. Amei torto, grande, intenso. Meu amor me fez feliz, sorridente, sonhadora e prática, fez com que eu soubesse que era mulher, em todos os sentidos, sob todos os aspectos. O amante perfeito é o que mantém seus pés no chão, e leva sua cabeça, sua boca, seus seios e todo o resto do pacote a outras dimensões. Eu o tive, e o tenho ainda, na minha cama, no seu sorriso, no fundo de meu peito e em todos os lugares onde o quisesse, de todas as formas que se pode querer sentir. Fomos amigos, confidentes, companheiros, fomos felizes. Satisfeitos com nossa vida, cheios dela, vida por todos os cantos, por cada poro. Ele temia tanto amor e eu o amava mais por isso. Sua fragilidade me emocionava, sua força me fazia cada vez mais orgulhosa, era um homem construído no dia a dia, se esforçava cada vez mais para sê-lo e eu sentia prazer em vê-lo crescer, sentia-me segura por aprender com ele, por ser expectadora privilegiada da luta diária para manter o rumo de acordo com seus princípios. Foi difícil vê-lo ir, algumas vezes. Hoje não preciso esconder que chorei sozinha a falta da única coisa que me completava, seu sorriso cúmplice. Eu sempre soube que ele me entenderia, quando eu mesma não sabia bem o que estava fazendo. Eu sempre tentei compreendê-lo, ainda que tivesse querido gritar ‘FICA COMIGO’ mais de uma dúzia de vezes, ainda que não soubesse bem o que ele queria em algumas ocasiões. Ele achava meu amar estranho, eu refleti um pouco sobre seu não-amor, e me importei tanto com minhas conclusões estranhas que hoje nem lembro bem quais foram. Aprendi a não questionar, já que amor não precisa de respostas. Não precisa de palavras, pra ser exata. Amor não precisa de legendas, ou tradução, não carece daquela coisa mesquinha de esquadrinhar cada traço do sentimento pra que se possa sentir, amor não sai pronto, não tem tempo ou espaço, nem hora marcada nem dia no calendário. Cada passo no meu dia girava em torno de ser feliz, de ver seu rosto – o amor em carne, osso e um jeito de me levar à loucura - através do vidro do carro e de saudá-lo, quando ele se acomodava ao meu lado e perguntava, invariavelmente, ‘E AÍ, O QUE VOCÊ QUER FAZER?’. Eu, dependendo do dia, respondia: ‘O QUE VOCÊ QUISER!’ ou ‘FICAR COM VOCÊ, MEU AMOR’. Tive tudo o que podia ter desejado, do nosso jeito. O jeito do resto do mundo não me importava, e depois de algum tempo passou a não importar para ele, também. Foi terno, doce, inebriante. Nos roubava os sentidos, inclusive o do que era real, criou uma realidade paralela da qual nunca quisemos escapar.







Sally, epitáfios e afins...

sábado, 1 de dezembro de 2007

SHORTCUTS

Claro que eu conheço a culpa. Mas ela nunca mais se manifestou desde que eu conheci a responsabilidade, e a assumi, sob qualquer circunstância.

"- Eu sempre vou ter algo importante pra fazer! E vou ter que ir, sempre..."
(ele*, pra mim)



Eu sei o que é o medo, mas sentimentos que eu não controlo me tornam extremamente imprudente.

"- Eu te amo"
(eu**, pra ele*)



Um dia fui apresentada pra tão aguardada felicidade, ela se sentiu bem vinda e nunca mais foi embora.

"- Você é muito importante pra mim..."
(ele*, pra mim)



Amo cada um dos meus amigos. Eles me aturam, me divertem, me confortam e me deixam refletindo sobre ainda haver vida inteligente na Terra.

"- Cara!!! O que é isso??? *som irritante do motor do secador de cabelos ao fundo* Algum objeto medieval de tortura???
Ele termina de entrar no quarto e olha pra mim, estou perplexa e levo dez segundos, pelo menos, pra me recompor.
- É... A primeira coisa que o som de um motor me faria lembrar é o período medieval..."
(Da série Carlos&Eu)




*o sujeito mais importante desse mundo, meu amor, meu sorriso.
**propriedade dele, feliz, e com saudades.






Sally, shortcuts.

domingo, 25 de novembro de 2007

Amo vê-lo desconcertado, verbalizando o ciúme, mesmo sem aceitá-lo, sendo sincero ao extremo, se expondo, como eu mesma faço tantas e tantas vezes. Amo olhá-lo nos olhos e enxergar meu reflexo, ver, entre um espasmo de prazer e outro, aquele sorriso satisfeito no canto da boca, enterrar as unhas no seu corpo forte e sentir toda minha fragilidade quando estou em sua presença. Amo o jeito torto de dizer que me quer, a forma tímida com que aceita meu amor e a doçura com a qual acolhe meus temores, a ternura com que afaga meus cabelos e a expressão de êxtase enquanto me proporciona todo prazer do mundo. Amo sua forma de me fazer rir das piores situações, de me fazer perceber como somos parecidos, de aprender com todas as experiências, de me dobrar quando estou com raiva, de me convencer do que quer que seja. Amo estar nessa história, fazer parte do seu mundo, ser um pouquinho de você.








Sally, (in)ternas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

imaginários

- Te amo
- Mesmo?
- Você duvida?
- Não, você é mesmo dada a extremos
- Não me importo se você não me ama
- Não?!?! Mas eu nem disse isso
- Precisa?
- Não sei. Você sabe o quanto é importante
- Sei, mas não importa, não ligo pro seu não amar
- Como é isso?
- Eu te amo
- Eu sei! Quero saber como é lidar com um possível não-amor
- Simples
- Como?
- Eu te amo... Eu te amo! Não é amor por nós dois, mas é amor pra mim. Te amo, sem querer um 'eu te amo' de volta, sem precisar de afirmações de sentimento, sem cobrar presença a todo momento. Te amo e te amo, só. Entendeu?
- O que você falou? Não... Mas entendo teu olhar, é o suficiente









Sally, diálogos (in)ternos

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Há muito sabia que a saudade era como chuva fina, insistente, se infiltrando, trazendo o frio e minando o que havia de esperança nos raios de um sol que se perdeu no cinza do céu. Sabia que a solidão era faca afiada, cortando os laços com a alegria, sangrando a alma a não mais poder. Contemplando aqueles olhos descobriu algo novo: o amor é como magia, é só acreditar que ele acontece, é só desejar e ele aparece e não deixa mais seus sonhos em paz.




playlist:

1 - Incomplete (BackStreet Boys)
2 - Fluorescent (Gwen Stefani)
3 - The Pieces Don't Fit Anymore (James Morrison)
4 - Call The Police (James Morrison)
5 - The Last Good Bye (James Morrison)
6 - You'll Be In My Heart (Phil Collins)







Sally, (in)confidências.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Depois de não atender ao telefone, não responder e-mails e dizer pra própria mãe que fosse procurá-la na esquina, não houve como não atender à campainha. Claro que ele iria chegar como quem sequer tivesse tentado se comunicar durante todo o feriado, e iria demonstrar aquela preocupação irritante, e iria acabar lendo gibis velhos no quarto dela, esperando que o banho acabasse, que a animação se manifestasse, que um rastro de sorriso aparecesse pra ele poder brincar.
- Atendeu em tempo record! Tava me esperando, é?
- Estava esperando a morte, pra ser mais exata, mas ela tava demorando tanto que chegou você! - a frase deixava claro que ainda havia algum bom humor, mas ela sabia que ia dificultar a vida dele. Na verdade, um dia brigariam de forma definitiva, mas por maior que fosse o incômodo, ainda não seria hoje, não se ela pudesse evitar.
- Adoro o seu humor de porco espinho!
- Adoro você! Me diz o que o traz a tão distante recanto do mundo, hein?
- Soube que você recusou o cinema, o kart, o clube pra levar o aborígene, o almoço com suas amigas... Tá preparando um retiro espiritual ou o hospital agora é mais interessante que o Outback?
- Nada demais. Fora uma gracinha de estagiário que trabalha com meu médico, bem... Nada demais no hospital. Na verdade só fui à clínica, rotina, sem muito alarde. Ainda não cheguei ao estágio da emergência ou do pronto socorro. - ela tinha decidido evitá-lo, se fosse possível.
- E você realmente é daquelas que recusa a social pro bebê, e que prefere uma hora no nefrologista aos vinte sagrados minutos da pista de kart. Entendo...
- Não tava a fim de sair, e o tempo não estava bom pra ir ao clube. Algum problema? Tô sem saco, só isso!
- Não teria problemas se você fosse mais franca. Engraçado que você não deve ser tão fechada assim com todo mundo... Tem gente que sabe exatamente onde tocar pra te ver fazer coisas, ou contar coisas!
- Questão de talento, amorzinho, ou você nasce com isso, ou se rói de inveja de quem tem! Dá pra parar de me pressionar por nada? Me senti mal, estou gorda, com as articulações vencidas, coisa da idade! - ia ser difícil se não terminasse naquele instante, tinha que torce pelo bo senso que ele sempre teve.
- Você quer que eu vá embora? - ele pergunta, sabendo a resposta. Ela se sente aliviada.
- Não - ela mente - quer ver um filme?
- Vai sair de casa?
- Não! Tô cansada! Vamos escolher alguma coisa e eu faço pipocas! - ela o ama, isso é certo. Não se deixa um grande amigo passar assim, ela não deixaria. Brigar não os satisfaria, pelo menos não depois de 15 ou 20 minutos.
- Se não for algo parecido com o que você tem visto ultimamente vou me sentir mais tentado... - ele é implicante, mas sabe como descontraí-la.
- Você pega o filme! Vê lá no meu quarto, põe o filme que eu já subo. Se não tiver nada que agrade no rack, tem as caixas de séries no armário e alguns shows nas gavetas.
- Pega as chaves - ele joga as chaves do carro - tem um espumante legal no porta malas. Não combina com pipoca, mas eu sei que você vai gostar. Se você puder tomar um pouco... Se não fizer mal...
- Não vai fazer! Vou pôr pra gelar e a gente toma mais tarde - ela grita enquanto ele sobe as escadas.
- Deve estar gelado, está bem acondicionado! - ele volta, rindo - Está achando que está lidando com um amador, docinho?
Ela ri e pensa em como foram parar assim. Nem deviam ter se tornado amigos, dadas as diferenças quase irreconciliáveis, mas foram mais longe que o companheirismo da sala de aula.
- Tem algo decente por aqui? Terror? Filme de gente grande?
- Não vou te responder sobre o terror, mas quanto aos filmes de gente grande, deve ter alguma coisa, mas não acho muito apropriado vermos isso, sozinhos então, sem chance!!!
- Palhaça! - Ele voltou ao quarto, rindo da brincadeira. Escolheu um filme e pegou uma velha revista em quadrinhos para folhear.
Ela chegou com a pipoca e a bebida, se acomodaram no chão, sem precisar falar. Ela dormiu no meio do filme, estava realmente cansada. Ele não se mexeu, até que ela acordasse, com medo de que o movimento fosse afastar a cabeça da menina do seu colo. Depois que ela levantou ele a colocou na cama, afagou seu cabelo e se despediu, sem falar. Tarde da noite o telefone tocou, era ele, pra saber se estava tudo bem, pra desejar boa noite, pra avisar sobre os bombons e as flores na mesa da cozinha, pra ser muito importante, mais uma vez.
Sally, dias (im)possíveis.

domingo, 18 de novembro de 2007

Entra, que a porta está aberta. Senta, a mesa estava posta pra te esperar. Aproveita, que enquanto ainda é sonho a gente aguenta. Me dá a mão, pra me sentir pulsar. Sorri, olha, dança comigo! Com você tão perto não consigo me conter... Tanta perfeição hoje é meu abrigo, vem logo! Amo você...





Sally

sábado, 3 de novembro de 2007

Sorria, esse é por ser quem você é!

Não é só por ser o amante perfeito, ou o namorado dedicado, é por ser minha primeira e única CERTEZA... Deitada no teu peito percebi o que me fazia falta: queria ser mais tua (!!!), uma impossibilidade. Queria ter sido um dos amigos da rua, ou não ter entrado tão tarde lá na escola. Queria ter te olhado nos olhos no dia em que ele se foi e ter sido sua companhia naquele Natal. Queria ter te oferecido um sorriso no dia em que você se deu conta de que estava só, e que todos eles eram responsabilidade sua. Queria ter estado na sala nos dias em que você parava atrás do sofá e não conseguia ir pro quarto dormir, até que acabasse o filme. Queria ter assistido ao seu primeiro salto, dado seu primeiro beijo no cinema e aproveitar cada mudança nas suas feições enquanto conferia o resultado do vestibular. Queria ter te dado a mão naquele show em que fomos, juntos, sem sequer nos conhecermos. Queria ter tido tudo, até, deitada com você, me dar conta de que sou feliz pelo que tenho, que isso é suficiente, e que essa história é a que quero pra mim.




playlist

1 - One (U2 feat. Mary J. Blige)
2 - Walking After You (Foo Fighters)
3 - 4 In The Morning (Gwen Stefani)
4 - Fluorescent (Gwen Stefani)
5 - In The Air Tonight (Phil Collins)
6 - You'll Be In My Heart (Phil Collins)

LOUDER:
Walking After You.





Sally. Sem palavras.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Do you feel the same?

Amanheceu estranho... O dia já se anunciava caótico enquanto abria os olhos. E ia ser pior. Depois de um fim de semana em busca da casa perfeita, dos 'matadores' num paintball nos confins de Campo Grande, da orgia de pizza que só colaborou com o aumento das minhas formas, já notoriamente redondas, do tombo na piscina e do fim de noite engraçado em que a gente lembrou o quanto era feliz lá no início da vida como conhecemos, só esse calor! O calor que não passava nem sob a água que saia do chuveiro, calor que impede que se use perfume, já que acabo sentindo náuseas, o calor que me fez querer morar na Patagônia! E, como não tinha jeito, eu não costumo rezar pra São Pedro e nem podia passar o dia na piscina, lá fui eu.
Me senti num filme do Tom Hanks: achei que a casa que fui visitar ia cair assim que eu batesse a porta! Meu humor não se abala de graça, mas estava um sol, um calor... Dia daqueles em que a gente esquece de bendizer o fato de ser carioca! Sublimei o assunto da casa assim que entrei no shopping. Almoço, gargalhadas, comprinhas e uma joelheira - o tombo na piscina terminou de acabar com meu joelhinho bichado. Táxi, Centro do Rio, mais calor, muito pior do que qualquer coisa que eu pudesse prever. Meu 'chefe' me deu mais um bolo - alguém não está com muita vontade de trabalhar - e meu humor aparentemente tinha terminado de vez. O telefone tocou e eu quis que fosse alguém que eu detesto, só pra poder mandar pro inferno, assim, por esporte, mas era ELE! Tenho idéia de que devo ter ficado com cara de idiota, provavelmente esqueci todas as outras coisas que tinha planejado fazer no dia e voltei pra o mesmo lugar de onde tinha saído a tão pouco tempo. Confesso que o shopping estava mais colorido, mais geladinho, mais agradável do que na hora do almoço. Confesso também que eu assiti a um filme que eu nunca veria com outra pessoa, e que adorei! Confesso que fiquei com vontade de que o mundo acabasse naquele instante. Aprendo demais com esses momentos, com as chances que a vida me dá para ser imensamente feliz. Quanto ao mau humor, acho que nem cheguei a sentir, de verdade...







Sally.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O descobrimento da América, ou tudo que já sei sobre o amor...

Claro que alguma responsabilidade nisso deve ser atribuida ao Ben Harper, ao Gaiman, ao André Vianco, possivelmente Nando Reis e Clint Eastwood também tem sua parcela de culpa. O Acaso, o Destino, a Vontade Divina, Zeus, Gaia ou quem quer que você chame de Autoridade Superior estava brincando de "The Sims - O Mundo do Amor Impossível" e James Morrison resolveu que devia ser cantor nesse momento, no dia em que cruzei seu caminho.
Engraçado como hoje já posso brincar com essa idéia, mas a verdade é que o amor não assusta, ele aterroriza! Põe seu mundo de cabeça pra baixo, te faz encarar os altos mais vertiginosos e os baixos mais dolorosos de toda sua vida - ainda bem que VOCÊ é o topo do meu Everest! - e você acaba gostando disso!!! O amor faz com que você conheça o verdadeiro sentido da palavra SAUDADE, mas nunca te permite estar sozinho, os pensamentos estão sempre em um turbilhão, a rotina só é se ELE está, e ELE está todo tempo no seu sorriso, na sua agenda, nas fotos do último feriado, no telefone que interrompe o ciclo infinito do trabalho, na roupa nova que só saiu da loja pra ficar bem num encontro com ELE, no espelho que reflete o seu rosto que desde o momento em que tocou no DELE, nunca mais foi seu.
E não é só sua imagem no espelho que você perde, o DVD que assistiria sossegado em casa perde o encanto diante da vontade de ir ao cinema de mãos dadas, a mania de comer um sanduíche na correria de todo dia é substituída por almoços intermináveis em que o prato servido é o menos importante e o prazer de ter aquela cama enorme some, se não for pra ficar enrolado em algo mais que seu edredon. Perde-se também horas de sono, mau humor, solidão, peso, perde-se o hábito de ter só água na geladeira, ganha-se vida, de uma qualidade que nem podíamos imaginar!
O amor me assustou, quando te conheci. Hoje é meu esconderijo, quando o resto do mundo não me agrada, é meu alimento quando tudo mais parece não dar certo. Hoje é só amor.





E isso tudo por um só motivo:


"Se eu passar mais um tempo sem vc eu fico louco!"












Sally, ele é perfeito. Pra mim.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Meu coração é meu guia.

Meu instrumento é a palavra.

E minha inspiração é você.


Era uma vez uma moça comum. Temperamental. Sentimental. Pisciana. Uma girafa de sandálias Havaianas (E Vermelhas). Uma louca quase normal. Uma contradição. Ela gostava de música pop, sorvete napolitano e frases perdidas em post-its. Ela era doce. (Mas tambem sabia ser ácida). Fazia caras e bocas e uma mania estranha de escrever em tudo o que é canto. Ela acreditava em amor de verdade, gostava de ler e estava cansada. Cansada de amar errado. Cansada de dar sem receber. Cansada de dar satisfação. Cansada de acreditar nas pessoas e de chorar debaixo de seus óculos. Um belo dia, a moça comum conheceu um moço tatuado. (Meu Deus, que e não é que o tamanho encaixava?!). Ele gostava de MPB, venerava o Flamengo e era amante da preguiça. Mesmo assim, ele era encantado. E tinha um cheiro maravilhoso que morava num lugar exato: entre o pescoço e o primeiro ossinho do ombro. Dizem por aí que eles não combinam em quase NADA. Mas tenho que discordar: o pouco em que combinam é TUDO. Hoje, depois de tudo, eles amam igual. Eles sentem igual. Eles não têm medo!! Eles são o que são um com o outro e se gostam assim. Trocam desejos. Emprestam o coração. E se dão. Todo dia. O tempo todo. O amor deles não tem tamanho. É maior que tudo. É tamanho único. Único para eles que - ao recomeçarem - pensaram: taí o amor que eu quero pra mim.

(Esse texto é dedicado ao André. Que hoje, me faz acreditar, todo dia, que amor não é só uma palavra bonita. Amor de verdade existe. E faz a gente ser feliz, apesar de tudo. E sempre.)
Ela lembra dele e sorri. Pensa em suas palavras, em tudo o que elas significam e sonha. A felicidade cabe em poucas linhas, dentro de uma caixa mágica...





Sally.

domingo, 21 de outubro de 2007

Love in the afternoon...

Acordou, mal abriu os olhos e já pensou em correr. 'Não vai dar tempo!' era tudo o que se passava pela sua cabeça. O trabalho, a prova na faculdade, o almoço marcado há dias, a reunião que surgira já tarde, no dia anterior. Olhou para o lado e viu aquela criaturinha linda e indefesa, sorriu e tentou acordá-lo com um beijo. Nada, nada nesse mundo valeria o esforço, não fosse aquele sorriso sonolento no início de tudo. Contemplá-lo valia qualquer pena, mas ainda precisava correr.
O café da manhã numa loja de conveniência, pra aproveitar o tempo enquanto o tanque do carro era abastecido, o jornal lido entre um sinal de trânsito e outro, o bom dia pelo celular, dado pela menina que mora longe, mas que guarda sua voz, seus traços e seu amor, pra lembrar como são parecidas e como o espaço não nos separa dos nossos. A dificuldade pra estacionar no Centro, a falta de paciência com a imperícia alheia, a vontade de resolver tudo por todos e a resignação de quem compreende seu papel no mundo. Vida que segue.
Os diversos telefones sobre a mesa indicam quem pede um tempo pra chamar de seu. A mãe que quer repetir, como um mantra, tudo o que já disse no dia anterior, o amigo insistindo no boliche no fim da tarde, duas reuniões que exigem sua presença, felicitações pelo trabalho bem feito e o bem-me-quer, que ligou e deixou recado de voz, que fez com que ela parasse pra ouvir sua voz e se perdesse no monte se sentimentos sem sentido, na vontade de se materializar ao seu lado e de sentir o cheiro que a faz sentir em casa, o toque que lhe remete ao Paraíso, e ver o rosto que a aproxima de Deus. A compreensão de que o tempo é o que queremos e que o espaço é só uma barreira que se pode transpôr a encoraja, ela retorna a chamada e os dois combinam se encontrar no cinema. Um fim perfeito na rotina do dia, anseios satisfeitos, amor em doses generosas...




Sally.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

PARABÉNS!!!!

Meu amor nasceu neste dia. Minha luz, meu sorriso, razão de seguir em frente. Melhor companhia pro cinema, pro J&L, pra acabar com o tédio a qualquer hora.



Te amo!





Sally.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

É o que importa...

Essa vida é pequena demais, faltam tempos e espaços, falta vida pra se viver. Somos um instante no meio do que é infinito, mas aprendemos que só esse instante basta... Luz, voz, um mundo de sentimentos transbordando pelos olhos, inundando o corpo e provocando todas aquelas reações esperadas, por que passamos esse momento de ser humano a procura dessas sensações. Entendemos, no momento em que o amor chega, que esse instante vale a pena, que essa pouca coisa que chamamos vida, no meio do restante do universo, é o mais importante acontecimento de todos.






Sally. Tudo, tudo me traz você...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Hoje não quero palavras. Quero seu gosto. Seus olhos pesquisando meu decote. Hoje não quero verbo. Quero seu corpo. Suas mãos desfazendo pensamentos. Hoje não quero poesia. Quero você. Vá além do desejo e me descubra.

Para os dias em que SER sorvete é uma maravilha divina, uma luxúria insana, apenas um pedido:

Mais calda de chocolate, por favor!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

É com ENORME surpresa que, ao chegar neste cantinho para escrever, percebo que minha há muito desaparecida e intensamente querida companheira de teorias esquisitas havia escrito algo! E, como sempre, foi algo que me fez pensar, e rir pra cacete! Logo hoje que meu humor ainda não tinha acordado, que eu tava mais meio parecida com ela que nunca: uma reclamona inveterada! Amo essa garota, e não há nada como saber dela pra me fazer rir de verdade. Claro, ela me faz pensar na vida, rever certas atitudes e até chorar de vez em quando, mas quando se trata de fazer rir, ela nem entra na disputa, que é pros outros já não sairem perdendo!



PS: Resolvi a vida, bonita! Como você mesma diz: só se vive uma vez!





Sally, o de sempre.

domingo, 7 de outubro de 2007

Spice Up Your Life

Que as mulheres são inteligentes, ninguém duvida. Existem grandes exceções, é claro. Mas - acredite se quiser- grande parte já foi absolvida por Deus. (Ou pelo Diabo). Afinal, nós temos hormônios. Trabalho. Jornada dupla. Salão às seis. Uma pia enorme de louça suja. Família. Amigos. Depilação na hora do almoço. Um cartão de crédito que nos prega sustos. Uma sociedade que valoriza a juventude e a perfeição. Amores por quem matamos e morremos. Um cabelo que nos consome grande parte do tempo. E - no meu caso - uma necessidade de escrever que me come por dentro. Se eu não estiver escrevendo e lendo (no meu gerúndio literário sem fim) pode apostar: estarei nervosa. Louca. Com a pele opaca. E um mau humor dos infernos. O bom de tudo é que a gente pode ficar sem uma unha sexy e usar o tempo que sobrou para ler. Pra começar, eu acredito em tudo. Vou falar a verdade. Eu acredito mesmo. Acredito em propaganda. Acredito em homem. Acredito em vidente. Taróloga. Em vendedor de amendoim. Acredito em simpatia. E acredito realmente que o creme Spilol da Natura deixa minha pele 78% mais saudável. EU ACREDITO. E ponto. Quer mais um exemplo? Comprei um shampoo polivitamínico para fortalecer meus cabelos. Uma espécie de Centrum capilar. Mesmo sabendo que cabelo (depois que passa da raiz) é morto e não absorve vitaminas. Mas quem quer saber de biologia? Eu não! Eu só quero ficar com o cabelo igual ao da moça da revista, dá licença? É meio maluquice. Eu sei. Sou inteligente, nunca perdi média na escola e acho que nós, mulheres, realmente pensamos de modo DIFERENTE quando se trata de amores, beleza, compras e FUTURO. Ai, futuro então, nem se fala. Eu sou daquelas que abrem livros para encontrar "sinais". Digo que não acredito em horóscopo (mas leio, por via das dúvidas). Pergunto o signo das pessoas. E - quando o bicho pega - eu apelo pro além. Pro oculto. Pra São Judas. Pra Cabala. Pros livros de auto-ajuda. Pro tal "Secrets". E outro dia eu estava assim. Sem dinheiro. Sem perspectiva. Cansada de fazer, fazer e não ver retorno. E lá fui eu... Numa moça que trabalha com energia, numerologia e calendário maia. Ela é realmente muito boa no que faz (eu acredito!) e no final da consulta ela me recomendou: faça um escalda-pés com pimenta dedo-de-moça para melhorar sua vida profissional! Pensei com os meus botões: mole pra mim! Para uma pessoa que já tomou banho de feijão fradinho e ficou cheirando acarajé, colocar os pés numa bacia com pimenta é a coisa mais tranqüila do mundo. Pois bem. A hora era essa! Queria esquentar minha vida no trabalho. Apimentar minhas finanças. Mas surgiu a dúvida: quantas pimentas eu precisaria para fazer o tal ritual? Eu não lembrava. Mas sempre achei 7 um número mágico. E resolvi: cortei 7 pimentas dedo-de-moça, coloquei numa panela e esperei. Pimentas alegres pulavam na água que começava a ferver. Fiz uma espécie de meditação, agradeci por tudo o que tenho e pedi o que eu preciso (na vida, eu sou cara-de-pau mesmo. Eu peço e dou trabalho).
Passado alguns minutos, vi que chegara o momento: COM ESSAS PIMENTAS, NADA VAI ME DETER. Ri sozinha da minha loucura mansa e joguei a poção do sucesso numa bacia antiga. Coloquei timidamente meus pezinhos dentro dela e senti: humm, uma sensação de calor. De sucesso. De vitória. De 50 músicas gravadas. De Livro lançado. Colunas em revista. Conta-corrente recheada. Viagem com meu amor. Um tour pelo shopping. Presentes para minha família. Tranqüilidade financeira. Reconhecimento profissional. (Ai, como eu amo essas pimentas flamejantes!)
Depois de meia-hora de surto, O SUSTO: os meus pés estavam diferentes. Vermelhos. Vermelhos, não. MUITO VERMELHOS. Pés-escarlate. Imaginou? Eu me sentia o próprio pé de dedo-de-moça!! E ardia. Ai, como ardia! Fui depressa lavar. Fiquei em dúvida se poderia passar sabonete, afinal eu não iria correr o risco de atrapalhar meu escalda-pés do sucesso. Mas passei um sabonete NEUTRO bem de levinho, enxaguei e fui deitar. Mas meus pés estavam em chamas. BURNING. Eu não conseguia dormir, nem pensar (só sentir), e fiquei imaginando se uma inofensiva pimentinha poderia provocar queimaduras iguais as do sol. Foi aí que tive uma brilhante idéia: passar pomada para queimaduras, ORA BOLAS! E fiz isso. Bingo! O tal Paracetamol tirou o fervor que estava em mim. Anestesiou. Acalmou os ânimos dos pés ardidos e serelepes. E, assim, dormi. Satisfeita. Quando acordei, liguei, animada, para a minha amiga. E disse: "Mari, minha vida profissional vai mudar. Se prepara! Palavra de mulher."

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ela tentou encontrar palavras bonitas, tentou escrever um texto do jeito que ele merecia. Ela queria demonstrar tudo o que sentia com aquelas palavras, pra que ele soubesse o que significava em sua vida. Ela procurou em seu coração uma forma, mas tudo o que conseguiu escrever foi "EU TE AMO".







Sally, in love...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A noite caiu, fria, e ele me fez pensar numa frase que não me saiu mais da cabeça:


'DEIXA SANGRAR QUE UM DIA A FERIDA FECHA, OU O SANGUE ACABA...'.







Sally, pra sempre.

domingo, 30 de setembro de 2007

Em alguns momentos ela se pergunta o motivo. Não sempre, nem frequentemente, mas há dias em que é inevitável. Quando a noite começa a cair, ou quando está frio demais pra aceitar os diversos convites que a fariam manter os pensamentos em qualquer outro lugar, ou quando ela não consegue encontrar uma desculpa convincente pra fugir dos amiguinhos e da sua felicidade pré-fabricada, com cara de que foi comprada em loja de departamento, e simplesmente se obriga a dizer que não está com vontade, que quer mesmo ficar só. Nessas horas surge a questão: qual o motivo pra preferir ficar só? Será que é só por saber que ele não vai estar lá? Ou por saber que todos vão perguntar novamente o motivo de ela resolver assim, se manter sozinha? No fim, é sempre mais do mesmo. Eles não a entendem, ela não faz questão de se fazer entender. Eles poderiam ser atores em um comercial de margarina, ela está farta de tanta superficialidade. Eles vão querer assistir a algum 'arrasa quarteirão', ela se sente muito mais propensa a dividir a noite com seus livros, e discos, e filmes velhos, com cara de dia de inverno, se Sessão da Tarde, de férias no interior... Na verdade, ela se muda cada vez mais pro interior, pro interior de si mesma. Se isso vai resultar em auto-conhecimento ou esquizofrenia, não se sabe, talvez um pouco de cada coisa, talvez cada vez mais nada.




LOUDER
What Goes Around... Comes Around* - Justin Timberlake



*boa filosofia...



Sally, futuresex/lovesounds

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O tempo mudou e trouxe a melancolia que o vento frio e o céu cinza costumam trazer, trouxe mais coisas junto, devo dizer...
Claro, ele a conhece bem. Óbvio, está preocupado, triste e não confia nada no instinto de auto preservação que ela deveria ter. Ela aprecia o cuidado, mas também é óbvio que ela nunca vai saber como demonstrar isso, não com ele. Ela sabe que ele se magoa facilmente e esse foi mais um dos momentos em que eles simplesmente não sabem o que fazer...



- Você não ligou! Você nem disse o que aconteceu! Sabia que foi a minha mãe quem contou sobre os seus braços? Sobre as manchas e essa droga que você chama de rim??? Você nem tentou ma avisar! - e ele não se conformaria facilmente.
- E você sabe que não pode fazer nada, que não vai poder comprar rins novos pra mim e que te preocupar só ia trazer mais incômodos desnecessários! Eu estou bem, e vocês falam como se eu estivesse à beira da morte! É só uma doença, que se cura com remédio! Dá pra parar com o drama?
- É, e o palhaço aqui nem precisava saber... Você nunca precisa de nada! Seus amigos são sua companhia pro almoço, ou pra uma tarde no shopping! É só isso!
- Me perdoe por eu não ser dependente, mas obrigada pela atenção. E, não, eu não preciso realmente de nada!
- Cara, eu tive que ligar pra minha mãe. E tive que ouvir Deus sabe que tipo de gracinhas! - Barbara devia estar realmente triste com ele, e ele piora sob estas circunstâncias.
- Eu não pedi a você pra ligar pra sua mãe, e acho que a Barbie está exagerando com você! Só que isso não te dá o direito de surtar comigo! E eu estou bem! Por falar em mãe - e ela chega ao ápice do sarcasmo - soube que você esteve com a minha... O chilique dela já passou? Será que eu voltei a ser filhinha da mamãe ou ela ainda insiste em me manter fora da lista de Natal?
- Você devia ouvir à sua mamãe! Ela tem mais experiência que você, é mais velha, sabe...?
- Vão você e a minha mãe pro diabo que os carregue! - ela diz, já dando as costas a alguém que esperava uma tentativa de argumentação, mas ela não quer mais discutir com ninguém, cansou.


Depois de uma hora imaginando como é bom morar tão perto do mar, trabalhar na frente dele e depois de conversar com ele sobre todos os seus problemas mais urgentes, ela volta. E o rapaz ainda está lá, de pé, em frente à mesma janela, esperando.


- Pensei que você nunca mais fosse voltar - ele diz sorrindo.
- Pensei que você fosse desistir - ela responde, olhando pro chão.
- Odeio te conhecer tão bem! - Difícil saber qual dos dois começou a frase, terminada numa gargalhada conjunta.
- O céu está feio, como está o mar...? - claro que ele sabia o que ela esteve fazendo...
- Agitado... Queria ir até a Barra hoje, topa? - retórica, pura.
- Quer jantar?
- Não, quero ir até a praia...
- Eu aceito o convite, mas só se você aceitar jantar comigo. Podemos jogar alguma coisa depois, ou ir ao kart... Ah, a quadrilha confirmou o jogo de amanhã e você prometeu ir. Já que afirma que está bem, acho que podemos nos divertir... - ele gostaria muito de se mostrar menos nervoso, mas a tensão é aparente.
- Eu estou bem, e aceito o jantar. Posso torcer por você no kart, é o máximo que dá pra fazer, eu acho... Eu vou melhorar, mas a dor é meio incômoda pra ficar sentada naquela posição chatinha... - ela não sabe como melhorar as coisas.
- Pode sair agora?
- Claro! Deixa eu desligar essas coisas aqui ou vão passar o resto do dia nos enchendo!
- Lua...? - ela para, admirando como seu apelido fica bem na voz dele - Vou te falar uma coisa, não briga, viu? Eu me preocupo. Sei que fui meio autoritário, né? Mas você me deixa maluco! Saio por uns dias e quando volto...
- Eu não vou morrer! Prometo. Não por esses dias! É uma promessa!
- Eu sei que mais gente, além de mim, torce pra que essa promessa se estenda por todos os anos que a vida tiver pra te dar. Sei que você não fez essa promessa pra mim, mas pensando em muitas outras pessoas. Inveja é algo ruim, mas eu sou humano! Desculpa o jeitão, viu?
- E eu sei que você é chatão assim. E eu te amo assim mesmo! - ela lhe dá um beijo na testa e por um momento sente que ele a odeia - Você dirige?
- Meu carro, lembra? você acha que eu vou deixar você sair por aí, como uma louca, na chuva, com o MEU carro??? Vai sonhando...
- Eu nem percebi que estava chovendo!
- Ai, Lua, você não percebe um monte de coisas nesse mundo! Acho que você é muito prática, sabe?
- Acho que você é muito chato, sabe?
- Quer descer pela escada? Eu te levo no colo! - ele ri.
- Agora é você quem está sonhando!!! - ela corre pra saída de emergência e os dois saem quase juntos do prédio, correndo pela chuva até o estacionamento. Pensam ter escondido os pensamentos um do outro, torcem por isso, na verdade...




Essa história não vai ter um final feliz. Ele odeia saber que ela o ama, como ama a todas aquelas pessoas próximas, e ela odeia a deferência com que ele a trata, por saber que isso se traduz numa obrigação que ela não pode cumprir. Eles amam um ao outro, cada um à sua maneira. E ele lhe deu um CD feito sob medida. Era provável que pudesse ter sido a trilha sonora desse dia.




LOUD:

À Sua Maneira (Capital Inicial)
Fogo (Capital Inicial)
Refrão De Bolero (EngHaw)
Pra Ser Sincero (EngHaw)
Servos Do Castelo (Titãs)
Epitáfio (Titãs)
Seguindo Estrelas (Paralamas Do Sucesso)
Ska (Paralamas Do Sucesso)
Longe Do Meu Lado (Legião Urbana)
Quando Você Voltar (Legião Urbana)






Sally, (in)sensibilidades.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Eu sou um problema do tamanho do mundo, sem modéstia alguma! Sonho, choro e acabo no mesmo lugar. Brigo, me irrito, e não saio daqui. Sempre assim. E eu estou sempre muito chateada, já que odeio terminar em segundo!






LOUDER:
One - U2 feat. Mary J. Blige



Sally , we are not the same...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Há sonhos em todo lugar, onde quer que eu olhe, não importa a direção. Uma barriga cheia de vida, que faz sonhar com um chorinho morno e olhinhos brilhantes, um jardim abarrotado de flores, que faz imaginar pássaros e borboletas. Há sonhos no pôr-do-sol que me faz pensar em Sartorini, ou lembrar Amsterdã, no barulho do mar que me trás a aborrecência perdida, a música que carrega consigo todos os meus amigos, hoje imersos em tanto pragmatismo, que outrora matariam e morreriam pelos sonhos. Houve um tempo em que cada um desses me moveria, não mais. Não da mesma forma, pelo menos. Os que não parecem distantes me despertam atenção desapaixonada, diferente do que costumava ser. Há sonhos me todo lugar, mas quero um só meu. Um especial, que me faça lembrar o que é estar disposta a ir até o fim por ele. Um que me mova até as últimas consequências. E que não seja você, por favor.





Sally, e um monte de canções de amor...

sábado, 15 de setembro de 2007

Ele me fez flor, eu o protegi com espinhos...






Sally, de verdades absolutas...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ele me faz sentir nas nuvens, em todos os sentidos, por todos os cantos, em cada suspiro, a cada palavra. Todas as minhas letras são dele, cada ponto, em verso e prosa. Ele me surpreende, sempre, nos menores gestos, os maiores sentimentos. Eu me apaixonei, no primeiro dia, não importa quando me dei conta. Ele se apaixonou, não importa quando. Importa que é, que somos, um...









Sally, felicidade.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Da janela, ela observa o tempo, sonha com olhos conhecidos e distantes. Eles estão ali, quando ela fecha os próprios olhos, quando ela se olha no espelho, enquanto respira... Aquela presença a envolve, mesmo quando não existe, mesmo enquanto não vem. A expectativa que se traveste de frustração, a alegria infantil que vira um gosto amargo na ponta da língua, no fundo do peito. Da janela ela observa a vida, vê passar sempre o mesmo filme, e ainda não entende. Olha, chora, ri, sente tudo, por tudo. Espectadora da própria existência...






Sally, "...na confusão do dia-a-dia, no sufoco de uma dúvida, na dor de qualquer coisa..."

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Não é só saber que ele sempre vai estar lá que a faz seguir em frente, é saber que ele vai vir, todo esperanças, sorrisos e dúvidas... Não é só por poder tê-lo em seus sonhos, é por ele estar em seus braços, em seus olhos, em suas veias. É ele quem desperta seu sorriso nas manhãs escuras, quem faz o sol brilhar mais forte no céu azul, ele faz o sentido que a vida precisa ter. E ele faz com que ela pense que vale a pena, qualquer pena, todo o tempo.






"Sei que seu ego vai ficar do tamanho do mundo, mas como não admitir e gritar que te amo? As conversas, a batata frita, o fim do livro, tudo faz um sentido incrível com você! Brincar de ser adolescente, esquecer que estou de dieta, suspirar pelos cantos, passar o dia sorrindo, dormir com os anjos em uma noite povoada pelos melhores sonhos, contar as horas pra te ouvir novamente e, no fim, acordar e ver suas palavras, só pra mim. Não sei como pude levar tantos anos pra descobrir como é simples ser feliz!"





Sally.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Nós

Ela conta os minutos.
Ele escolhe o filme.
Ela espera, ansiosa.
Ele pede a pipoca.
Ela se agarra a ele.
Ele a conduz, firme.
Ela se deixa levar.
Ele sabe o que faz.
Ela se sente feliz.
Ele sabe que é parte disso.
Ela quer lhe fazer bem.
Ele deixa estar.
Ela chora.
Ele consola.
Ela ri.
Ele se diverte.
Eles se completam.






Sally, (in)sensível.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Gente...

Não vou fazer nenhum tipo de reflexão, pois não sou dada a tais frescuras. Gosto ou desgosto das coisas pelo olhar, simples assim. Hoje eu estava pensando em como eu detesto certo tipo de pessoas, mas há tipos que realmente me tiram do sério...

3 tipos de gente em que eu não confio:

1 - Gente que cede a qualquer tipo de chantagem, fracos por excelência.
2 - Gente com aperto de mão frouxo.
3 - Gente que nunca consegue olhar nos meus olhos.


3 tipos de gente que eu não gosto:

1 - Aduladores.
2 - Pseudo-intelectuais.
3 - Toda sorte de chatos.

3 tipos de gente que eu amo:

Flávia, Juliano e ELE.



Claro, eu odeio médicos, professores(os meus!), taxistas, caminhoneiros, motoristas de ônibus... Mas isso é só um detalhe.




Sally, dias felizes.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

...

Estou perdidamente apaixonada. Creio que só lendo, para realizar. Completamente apaixonada, amando, essas coisas.... Claro que eu sei disso há anos, e claro que eu pensei que o sentimento iria se tornar morno, com o tempo, até virar uma lembrança boa. Não é assim que funciona. Estou mais perdida do que nunca, amando mais, sentindo mais saudades...
Claro, é uma confissão de culpa. Pelo menos me parece, quando olho assim, como se não fosse eu a escrever. Assumo toda culpa por não poder dar ao resto do mundo parte desse sentimento enorme que já tem dono, com nome, sobrenome e um sorriso de iluminar o mundo, e as piores piadas da face da terra. Eu o amo e sei que "viver com medo é viver pela metade", por isso não temo a intensidade de tudo isso, só sei que não é o que eu esperava. Não é o que nós esperávamos.
Eu o amo, e amá-lo é não esperar amor em troca, é não querer contra-partida, é deixar que a vida siga, pra nós dois. Eu o amo e ele sabe disso, e saber que ele tem essa clareza não me assusta, ser honesta, com ele, é estar bem, comigo.


EU O AMO, você entendeu???




Sally, mais (in)sensibilidade.

domingo, 26 de agosto de 2007

Velocidade me excita. Vento, estrada, mato, poeira e, no fim, os animais mais perfeitos sobre a terra. Senti saudades deles, mas há dois dias viraram presença constante. Precisava vê-los, sentí-los, montá-los e mais uma vez experimentar a brisa no rosto e o cheiro de mato. Acho que o encontro nunca é completo na cidade, tem que ser assim, sol, fazenda, tempo bom, animais doces, mas nem por isso mansos. Tem que ser assim, como me lembro da primeira vez.
Agora, que decidi vir, quero tudo: primeiro a máquina, testando os limites no asfalto, depois os bichos, sem limite de tempo, sem contar os minutos. Só sentir. E foi só chegar pra reconhecer que era o mundo onde eu precisava estar, acariciá-los e perceber que eles não me esquecem...



"- Adoro te ver aqui. Nem sinto medo de ser o carona, sei que nada nesse mundo vai te parar antes que você chegue a este bendito portão. - ele diz.
- Confesso que eu não sabia que causava medo na direção, mas é bom saber que as pessoas confiam em mim quando acham que eu tenho um objetivo!
Ele ri, divertido com a minha indignação, avisa pelo telefone que estamos chegando e continua a me observar.
- O que foi?
- Saudades.
- Você pode vir sozinha. Sabe disso... - ele parece pedir que se diga que sua presença é importante.
- Gosto de companhia. Da sua companhia. Sem contar que, mesmo depois de dois anos, eu nunca chegaria aqui sozinha. Você sabe que eu me perderia, sou uma piada por essas estradas... - antes de terminar de falar vejo que não devia ter completado a sentença.
Paramos em frente à casa. Me sinto em casa, como em nenhum outro lugar. As pessoas aqui têm o dom de me fazer sentir querida, acolhida, desde o dono, que anda quieto ao meu lado, até a cozinheira, que sempre nos recebe com um sorriso.
- O tempo está ótimo... - odeio silêncios muito significativos.
- É cedo ainda, deve ter café...
- Precisamos mesmo?
- Só precisamos do que você quiser fazer... - o olhar meio perdido é desviado em direção ao telefone. Como por todo o resto desse dia, a ligação é pra mim. O caos reina no mundo de onde viemos, mas vamos ter tempo pra isso mais tarde. Agora eles nos esperam, talvez tão ansiosos quanto eu. Estou meio fora de forma, quando amanhã chegar vou estar dolorida e meio mau humorada por conta das minhas costas, vou mal dizer meus descuidos e todo esse peso extra, mas, só por hoje, vou aproveitar."



Ao voltar pra casa, a companhia é o MP3 player. A voz de Elton John ecoa pelos alto-falantes do carro, as janelas fechadas dão a sensação de realmente estarmos sós no mundo, cada um alheio aos seus próprios pensamentos, sem perceber a presença querida no banco ao lado. Ele guia, sabe que estou física e psicológicamente cansada. Os problemas foram até nós, apesar da distância que eu quis impôr para o resto do planeta, hoje. Ainda estou pensando em resolver cada um deles, e o moço não me interrompe. Parece perdido em suas próprias questões, também. Eu gostaria de não saber quais são elas...





Sally, sobre toda a minha (in)sensibilidade.

sábado, 25 de agosto de 2007

Luto...

Eu sou uma pessoa estranha, muito mesmo. Me envolvo com coisas que os outros consideram grandes besteiras, mas eu me envolvo. Na verdade a opinião dos outros nunca foi importante, eu sempre tive uma atitude meio distante, mas tenho de admitir que isso deve ser algum tipo de 'defesa', pra eu não me envolver de verdade nas questões reais mais duras, pra não ter que absorvê-las. Minhas grandes tristezas acabam passando pelos sofrimentos dos heróis que elejo, e deixo de fora tudo o que possa parecer muito palpável. Já senti algumas dores bem profundas, e resisto se me confronto com algo que possa me fazer sentir assim. Na verdade me escondo do que quer que possa me atingir, prefiro sofrer pelas linhas de outra pessoa, pelos traços de algum artista, por alguém que não sou eu.
Indo ao que realmente interessa: Fred Weasley está morto. Olho Tonto, Remo Lupin e Ninfadora Tonks, também. Li o último Harry Potter com uma ânsia absurda, com angustia, compulsivamente. Sofri quase fisicamente quando o trabalho e o cansaço me obrigaram a parar a leitura. Quase comi a Edição Para Adultos da Bloomsburry e agora acabou. Não sei se considero a morte do Fred foi tão estúpida, mas me deu a mesma sensação de vazio de quando o Cedric foi morto, me chocou... Eu queria ter sabido sob que circunstância Tonks e Lupin morrem e admito que passei a considerar Severo Snape um dos maiores personagens, sem que muito tivesse aparecido nesse último volume. Os tempos difíceis realmente vieram, e eu passei os últimos capítulos do livro chorando, pelas perdas do mundo mágico. E ficou uma sensação esquisita, que muita gente deve ter sentido: "e agora...?".






Sally, órfã.

domingo, 19 de agosto de 2007

Ela nunca o deixaria ir, se fosse apenas para lhe dar proteção. Sabe como é importante seu toque, sua voz, mas sabe o quanto pesaria uma decisão assim. Ela quer ser forte, quer ser independente e quer ser feliz, tudo ao mesmo tempo. Mal sabe que o tempo não dá pra isso tudo. Ela não o deixou ir, e passou o resto daquele dia abraçada ao próprio travesseiro, agarrada à lembrança dele, sabendo da distância, das diferenças e do tanto de amor que não lhe cabe mais no peito.





Sally, de decisões necessárias.

sábado, 18 de agosto de 2007

Suas costas. Cada curva, cada sinal na pele, o cheiro, o gosto, o aconchego ao me deitar nelas e esquecer, ali, que existe mundo fora do Nosso Mundo. Suas costas, que parecem carregar todo o peso do planeta, parecem conter cada pedaço do Paraíso, parecem feitas sob medida pra mim.




Sally, série fetiches.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Você é a perfeição. Nada de expectativas quanto a isso. Só é, é só. Você consegue me fazer sorrir, me emocionar, gargalhar bem alto, ficar sem jeito, tudo num espaço de 15 segundos. Você faz qualquer dia ser um domingo, calmo, quente, com música de domingo, comida de domingo e espírito de domingo. Você faz qualquer dia deixar de ser um dia qualquer e virar um acontecimento. Você, assim, com essas piadas toscas, com esse sorriso largo, com essas mãos fortes de me fazer segura, com esses olhos que me fazem perder o rumo, com essa vida que me faz querer viver!




Sally

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ela é uma menina. Grande, forte, com um sorriso de iluminar o mundo, mas só uma menina. Vestida de sol, radiante, frágil, ela é tudo, e só uma menina. Sensual e digna, altiva, bela e, invariavelmente, com aqueles olhos de moça ingênua, que se machuca com pétala de flor.
Ela é uma menina, poderia mesmo ser eu, dadas as semelhanças, mas se chama Janaína. E ainda vai tomar de assalto esse mundo que foi feito pra nós, as pessoas que desprezam a mediocridade reinante. Boa sorte.





Sally

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Ao defunto, com carinho.

Decepção. Não consigo sair da mesma palavra. Olho no dicionário. Está lá. [Do latim deceptione]. Desilusão, desengano, desapontamento. O Aurélio não mente. Definições não têm fim. Olho o verbo. Me conjugo. Quero dizer verdades que não me saem da garganta. Engasgo. Assino a sentença: confiar pode machucar e acabar com sonhos bonitos.

Porque agora eu sei: quando se trata de confiança, o que confia é sempre o culpado. Esse é meu crime: eu confiei. Recebo, com merecimento, o castigo prometido: uma caixa bonita com uma grande decepção dentro. Me rendo. Me agarro ao último traço de delicadeza que tenho. Me condeno. Sentir é minha prisão. (Será também minha salvação?). Penso: seria eu uma pessoa melhor se não sentisse tanto, se não importasse tanto, se não acreditasse? Não sei. Mas te peço: não sinta pena de mim. Sei ser dramática quando me sinto traída. Ainda mais quando me lembro do óbvio: fui eu quem me traí. Por confiar em você. Não é esta a verdade? Minhas escolhas me fazem. Assim como nossos erros nos tornam quem somos. Vamos pensar positivo: por trás de grandes mulheres, existem sempre grandes erros. E você foi um grande erro. MY BIG MYSTAKE. Confiar em você foi minha escolha, não foi?

Assumo a culpa. Engulo minha decepção. Revejo minha percepção. Mas é chegada a hora de pagar a fiança. Peço a você - com todo respeito - que cale sua boca. Não preciso me lembrar a todo instante o quanto sou ótima em fazer escolhas ruins.

Mas vou melhorar. Vocês vão ver. Aprendi a ser muito boa quando fico má.





Boa noite.


A moça ao meu lado está obviamente ansiosa. Responde mensagens de texto no celular da mesma forma que eu respondo às suas, absorta no que faz, mas com um prazer que sua expressão não pode esconder. Sorri para o pequeno aparelho como se ele entendesse tudo o que lhe passa pela cabeça. Inadvertidamente ela me olha nos olhos, e eu entendo. Amor é assim, vem de dentro pra fora, e agora estou cismada: será que todo o resto do mundo também pode me ler assim, tão fácil...?




"Depois de me observar e ser observada por algum tempo ela resolve me cumprimentar:


- Boa noite... - diz meio sem jeito.
- Boa noite... Desculpe, mas eu sou marciana, meio de longe desse planeta. O amor me toca de forma mais intensa que às pessoas normais... Eu acho... - eu realmente não me sinto normal. É a primeira vez na vida que me pego achando que posso amar uma segunda-feira.
- Percebi que você sabia pelo sorriso...
- É, acho qe reconheço isso, onde quer que seja.
- Espero que não me ache muito boba.
- Se a conhecesse, acharia que você está feliz. Ficar boba, caminhar em nuvens, sorrir pra um cachorrinho na rua, isso vem no pacote... - sei bem como é o sentimento, estou boba e ainda achando que este é o melhor dia da minha vida.
- Acho que você tem razão. - ela fala, meio que em tom de despedida.
- Tenho, sim. Descobri que posso ser feliz numa segunda-feira, só por ter olhado para os olhos mais doces que se pode encontrar.
- Você também está boba. Tenho que ir. Que essa felicidade te acompanhe, boa noite. - ela se foi, sem que eu pudesse responder, e eu fiquei com minhas revistas, e o chocolate quente e a sensação de que ser feliz é fácil demais.


A felicidade me acompanhou, claro. Estou aqui lembrando como a felicidade pode ser simples, como ela pode se manifestar num sorriso, num pão australiano, numa caneca de Coca Cola e na voz do Fish, cantando pra nós."





Sally

domingo, 12 de agosto de 2007

Felicidade é saber que fraldas, mamadeiras e cabelinhos rebeldes são mais ou tão românticos quanto sua voz ao meu ouvido, dizendo que não sabe mais viver sem mim... Não quero mais saber viver sem você.



Sally

sábado, 11 de agosto de 2007

Saudade é aquela coisa que a gente sente quando tudo que nos é mais caro bate a porta do carro e toma o rumo de casa. Se despede com um sorriso - boa noite e boa sorte - e nos deixa sonhando, mesmo antes de dormir.


Sally