domingo, 20 de janeiro de 2008

Era uma vez alguém que pensava saber quem era, ou o que queria. Alguém que tinha certeza do amor eterno e da felicidade do outro lado do espelho. Era uma vez alguém que descobriu que o buraco é mais embaixo, que o mundo gira, que a vida embaralha todas as nossas certezas pra que possamos chegar a uma coisa que se chama maturidade. Era uma vez eu, pensando em nós e percebendo como nós pode ser amplo, em como podemos ser do tamanho do mundo. Era uma vez eu, brincando de ser feliz!








Sally.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Impressiona a tua forma de dizer, com os olhos, tudo o que eu quero ouvir. De ser imprescindível, mesmo nos momentos em que sei que me basto, mesmo quando o resto do mundo está ao meu lado, mesmo quando sei que você não vai estar. Ainda exagero quando falo de você, aquela coisa de namoro novo, de gente que está se conhecendo. E mesmo te conhecendo tão bem, o exagero me soa natural, sei que você vai ser mais, se precisar ser. Nunca esperei reconhecer no espelho uma mulher que tem tudo, pensei ser pretensão demais a felicidade plena, mas aí veio você e colocou todo o meu pessimismo para último plano. Não tenho tudo o que preciso, com você tenho absolutamente tudo o que preciso, tudo o que quero e mais. Tenho toda aquela felicidade que a maior parte dos seres humanos nem desconfiam existir.


Obrigada.






Sally.

sábado, 12 de janeiro de 2008

eu te amo

É aterrador, difícil, é mais do que eu poderia prever. Pra uma parte do mundo somos vis, fracos e sujos, pra outra somos a expressão da simpatia, do bem querer, do amor transbordando por nossos poros. Somos jovens, bem sucedidos, felizes, extremamente felizes na opinião dos que nos enxergam um pouco mais de perto, que compartilham nossos sorrisos cúmplices ou minha mão entrelaçada à sua, seja por estar procurando apoio ou só por querer te sentir. Uma parte de nós sempre vai brigar com isso, e a outra vai passar o resto da vida brigando POR isso, pela intimidade e compreensão que partilhamos, ainda que nós mesmos tenhamos tanto medo, pela felicidade que sentimos, por tudo o que somos. E é uma decisão difícil, mas de hoje em diante vou continuar na minha opção pela inconsequência que me permite ser a mulher mais feliz sobre a face da Terra e espero que você me perdoe pelos meus temores e me dê sua mão, pra não mais me deixar soltar. Esses dias são nossos e a vida tem sido boa demais conosco, façamos com que continue valendo a pena, porque eu te amo demais.







Sally
*nossos dias serão para sempre*

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A vida escorre por entre os dedos, ao sabor das horas. Sei quem você é, onde você está e o motivo de não poder correr ao seu encontro, me pendurar no seu pescoço e derramar todas as malditas lágrimas que escondi do mundo por esses dias sem fim! O tempo passa cada vez mais devagar e se transforma no mais cruel instrumento de tortura, mostrando o quanto de angústia pode conter num minuto idiota guardado no peito de uma menina burra, que sonha com principes e castelos encantados. A vida escorre por entre os dedos e, num instante, descubro -com indisfarçável terror- que não pretendo sustê-la, ou prolongá-la. Percebo que ela vai passar sem alarde pela minha avenida e eu nada farei pra que seja diferente. Quero que se vá, antes que seja insuportável, antes que eu pretenda maldizê-la, quero que desça com a água pelos meus cabelos e termine no ralo, que role pelas sarjetas e não me incomode mais. A vida que escorre pelos dedos já nem é vida, sem você, nem é.





Sally.